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O que são formas pensamento, egregoras e tulpa?

Forma-pensamento

Segundo a teosofia formas-pensamento são criações mentais que utilizam a matéria fluídica ou matéria astral e,ou sutil para compor as características de acordo com a natureza do pensamento. Deste ponto de vista, encarnados e desencarnados podem criar formas-pensamento, com características boas ou ruins, positivas ou negativas. As formas-pensamento são supostamente criadas através da ação da mente sobre as energias mais sutis, criando formas que correspondem a natureza do pensamento gerado.

Mecanismo

Pensamento abstrato

“Quando um homem dirige o pensamento para um objeto concreto, uma caneta, uma casa, um livro ou uma paisagem, forma-se na parte superior de seu corpo mental uma pequena imagem do objeto, que flutua em frente ao seu rosto, ao nível dos olhos. Enquanto a pessoa mantiver fixo o pensamento sobre o objeto a imagem vai permanecer, e persiste mesmo algum tempo depois.

O tempo de duração desta imagem dependerá da intensidade e também da clareza do pensamento. Além disso, essa imagem é inteiramente real e poderá ser vista por aqueles que tenham desenvolvido suficientemente a visão de seu próprio corpo mental. Do mesmo modo como ocorre com os objetos, quando pensamos em um dos nossos semelhantes, criamos em nosso corpo mental o seu retrato miniaturizado. (do livro Compêndio de Teosofia)

Quando o nosso pensamento é puramente contemplativo e não encerra um determinado sentimento como a afeição, inveja ou a avareza, nem um determinado desejo, como por exemplo, o desejo de ver a pessoa em quem pensamos, o pensamento não possui energia suficiente para afetar sensivelmente essa pessoa.” Da mesma forma enquanto ele estiver neste estado contemplativo ou meditativo ele também não será influenciado por nenhuma forma pensamento de outro e de si mesmo (que sempre já carrega a influencia de forma pensamento anterior).

Oceano de Pensamento

“Cada pensamento produz uma forma. Quando visa uma outra pessoa, viaja em direção a essa. Se é um pensamento pessoal, permanece na vizinhança do pensador. Se não pertence nem a uma, nem a outra categoria, anda errante por um certo tempo e pouco a pouco de descarrega, se desfazendo no éter.

Cada um de nós deixa atrás de si por toda parte onde caminha, uma série de formas-pensamentos. Nas ruas flutuam quantidades inumeráveis. Caminhamos no meio deles.

Quando o homem momentaneamente faz o vácuo em sua mente, os pensamentos que lhe não pertencem o assaltam; em geral, porém, o impressionam fracamente. Algumas vezes, todavia, um pensamento surge e atrai a sua atenção de um modo particular. O homem comum se apodera-se dele e o considera como coisa própria, fortifica-o pela ação de sua própria força, e, por fim, o expele em estado de ir afetar outra pessoa. O homem não é responsável pelo pensamento que lhe atravessa a mente, porquanto pode não lhe pertencer. Porém, torna-se responsável quando se apodera de um pensamento e o fixa em si e depois o reenvia fortalecido.”

Pensamento egoísta

“Os pensamentos egoístas de qualquer espécie vagueiam pela vizinhança daqueles que os emitem. O corpo mental da maior parte dos homens está envolto por eles, como por uma espécie de concha. Esta concha obscurece a visão mental e facilita a formação de preconceitos. Cada forma-pensamento é uma entidade temporária. Pode-se compará-la a uma bateria elétrica carregada, esperando a ocasião de fazer a descarga. Determina sempre no corpo mental que atinge, um número de vibrações igual à sua e faz nascer um pensamento idêntico. Portanto, se as partículas desse corpo já vibram com uma certa rapidez, em consequência de pensamentos de uma outra ordem, o pensamento que chega, espera a sua hora vagueando ao redor da pessoa visada até que o corpo mental dela esteja em suficiênte repouso para lhe permitir entrar. Então, descarrega-se e cessa instantaneamente de existir.”

Pensamento pessoal

“O pensamento, quando é pessoal, atua inteiramente do mesmo modo em relação à pessoa que o engendrou e se descarrega sobre ela quando a ocasião se apresenta. Quando o pensamento é mau, a própria pessoa que o gerou pode considera-lo como obra de um demônio tentador, quando, de fato, essa pessoa é o seu próprio tentador. Em geral pode-se dizer que cada pensamento produz uma nova forma-pensamento. Porém, sob o império de certas circunstâncias e a repetição constante de um mesmo pensamento, em lugar de produzir uma nova forma, funde-se com a primeira forma-pensamento e a fortifica. De sorte que o assunto, através de continuada meditação gera, muitas vezes, uma forma-pensamento de um poder formidável. Quando é má, pode-se tornar maléfico e durar muitos anos. Formas-pensamento deste tipo possuem a aparência e os poderes de uma entidade realmente viva.” Podem ser facilmente confundidas com outras entidades astrais, pois possuem uma forma e um movimento que lembra seres vivos.

Pensamentos benfeitores

“O tipo de pensamentos tratados acima são os que nascem da mente sem nenhuma premeditação. Existem, porém, forma-pensamento elaboradas intencionalmente com o fim de auxiliar os outros. São peculiares aos benfeitores da humanidade. Pensamentos vigorosos, dirigidos inteligentemente, podem constituir um grande socorro para quem os recebe. São verdadeiros anjos da guarda; protegem contra a impureza, a irritabilidade, o medo.”

Orações, contemplações positivas, mantras, canções são produzem formas pensamentos benfeitoras poderosas  e até mesmo com com mensagens positivas também são muito positivas e poderosas.

Quando um grande numero de pessoas, por exemplo  recita mantras ou faz orações com intenções positivas para uma pessoa ou situação com certeza isso é um grande ‘remédio’ com força inimaginável de cura ou solução.

Os símbolos que são previamente definidos para representar algo também acabam por carregar formas pensamento poderosas daquilo que foi relacionado com o símbolo, mesmo que antes tal símbolo não tivesse nada a ver com o que foi representado depois. Por exemplo, o simbolo da cruz, antes de ser altamente relacionado a Jesus e o cristianismo, já era usado em diversas culturas espiritualistas egípcias, suméria, celta e até mesmo indianas, tibetanas etc. cada uma com sua particularidade, mas na sua maioria representando um equilíbrio, por ligar o céu e a terra (linha vertical) e todos os seres (linha ou linhas horizontais), por exemplo e ao mesmo tempo algo superior, divino e transformação. Porém atualmente, principalmente para o ocidente a cruz carrega muito mais a idéia de sofrimento, sacrifício, martírio e morte. Isso não quer dizer que tenha perdido as idéias originais ou eternas do símbolo. Os simbolos não possuem interpretação definida e limitada e por isso tem essa flexibilidade de diversas representações. Desta forma o uso de símbolos, formas simbólicas, acompanhados por orações ou mantras (palavras de poder – sanscrito) indianos, canticos hebraicos etc.. ajudam a criar, manter e definir formas pensamentos e egrégoras.

Egrégora

Egrégora, ou egrégoro para outros, (do grego egrêgorein, Velar, vigiar), é como se denomina a entidade criada a partir do coletivo pertencente a uma grupo, ou seja, é um campo de força criado no Plano Sutil a partir da energia emitida por um grupo de pessoas através dos seus padrões mentais e emocionais.

História

Forma pensada (tulpa).

Segundo as linhas espiritualista (religiosas ou não) que aceitam a existência de egrégoras, estão presentes em todas as coletividades, sejam nas mais simples associações, ou mesmo nas assembleias religiosas. É gerado pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade.

Assim, todos os agrupamentos humanos possuem seus egrégoras característicos: as empresas, clubes, igrejas, famílias, partidos, nos quais as energias dos indivíduos se unem formando uma entidade autônoma e mais poderosa, o egrégora, capaz de realizar no mundo visível as suas aspirações transmitidas ao mundo invisível pela coletividade geradora. Em miúdos, um egrégora participa ativamente de qualquer meio, físico ou abstrato.

Quando a energia é deliberadamente gerada, ela forma um padrão, ou seja, tem a tendência de se manter como está e de influenciar o meio ao seu redor. No mais, os egrégoras são esferas ou concentrações de energia comum. Quando várias pessoas têm um mesmo objetivo comum, a energia se agrupa e se aglomera em um egrégora. Trata-se de um conceito místico-filosófico com vínculos muito próximos à teoria das formas-pensamento, onde todo pensamento e energia gerada têm existência, podendo circular livremente pelo cosmo.

Pode-se exemplificar o egrégora ao analisar um ambiente de uma missa, ou um encontro de algumas ou muitas pessoas voltadas para promover um mesmo fim, seja a cura de alguém, o fim de um problema ou a superação de uma perda tem um grande poder de formar egrégoras.

Um egrégora se caracteriza, em última análise, pelo ‘espírito’ ou ‘consciência’ formado pela congregação, maior do que a soma de seus membros e cujas existências são cruciais para a sua formação.

Quanto mais tempo e organização (foco, estrutira) tiver este egregora, mais poderoso ele será e assim mais influenciador para aqueles que entrarem em sintonia com ele, tanto alimentando como sendo alimentado por ele.

Um livro, ou varios livros que repetem o mesmo tema de um mesmo autor ou de autores com a mesma linha de pensamento formam egregoras que terão um grande poder sobre aquele que entra em contato, sem que seja com apenas um livro.

Egrégora, do grego egrégora e designa a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade.
Pode ser a aura de um lugar onde há reuniões de grupo ou até mesmo uma entidade autônoma formada por energias mentais combinadas. Assim, egrégora é uma forma criada por pensamentos e sentimentos, que adquire vida e que é alimentada pelas mentalizações e energias psíquicas. É uma entidade autônoma que se forma pela persistência e intensidade de correntes emocionais e mentais. Pensamentos e sentimentos fracos criam egrégoras mal definidos e de pouca vida ou duração, porém pensamentos e sentimentos fortes criam egrégoras poderosíssimos e de longa duração.

No mundo físico tudo possui forma, que são percebidas pelos cinco sentidos possuem forma. No plano astral também são bem definidas as formas dos corpos vitais dos seres vivos, assim como as formas dos elementais (gnomos, fadas, salamandras, ondinas, duendes, silfos e outros)
Também possuem forma no plano astral os desejos, vícios, sentimentos e emoções. São formas coloridas que lembram animais, que se juntam às formas de almas de encarnados e de desencarnados, e às formas de seres e entidades típicas do astral. No plano mental, os pensamentos de objetos e coisas concretas possuem formas definidas similares às do plano físico, e pensamentos abstratos são vistos por símbolos típicos que podem ser interpretados pela linguagem simbólica superior estudada e pesquisada na Iniciação. Estas explicações são necessárias para entendimento do egrégora, e principalmente para permitir a criação de egrégoras pessoais e coletivos.

Já aconteceu com você de sentir-se particularmente feliz num lugar qualquer, sem razão aparente?
Por outro lado, aconteceu com você de sentir-me oprimido ao pisar nos restos de um campo de concentração ou num terreno onde houve violento combate?  Diz-se que o sangue dos mártires clama ao céu sua dor e que a imagem dos acidentes impregna os cruzamentos onde se produziram.
Esses estados de espírito podem vir de nossa percepção do egrégora do lugar.

Existem egrégoras positivos que protegem, atraem boas energias e afastam cargas negativas, e egrégoras negativos que fortalecem o mal, canalizam forças negativas e repelem forças positivas. O egrégora pode ser coletivo ou pessoal. Locais sagrados como Aparecida, Lourdes e Fátima, têm egrégoras poderosíssimos, formados pela fé e mentalizações dos devotos, que acumulam as energias psíquicas dos fiéis, e quando alguém consegue canalizar para si as energias psíquicas acumuladas no egrégora, provoca o conhecido milagre. Esta é a explicação oculta da realização de grande parte dos milagres que acontecem. Os locais possuem egrégoras formados pelas energias psíquicas de seus freqüentadores. O egrégora pessoal é formado pelas energias psíquicas da pessoa e principalmente pelos seus pensamentos. Assim, uma pessoa psiquicamente equilibrada e com pensamentos positivos, cria um egrégora positivo. Do mesmo modo, uma pessoa desequilibrada emocionalmente e negativa cria um egrégora negativo.

A mente é o limite de nossas possibilidades, poderemos ser o que a mente determinar que sejamos. Poderemos ter saúde, alegria, felicidade, sorte e amor, basta usar o poder da mente. Nós somos primeiro o que pensamos ser, e depois o que sentimos e o que agimos na vida. Esta é a chave que abre as portas para uma vida plena de sucessos e evolução.

 

 

PENSAMENTO POSITIVO:

Nós somos o que nós pensamos, e um pensamento positivo cria um egrégora positivo, que aliado ao egrégora criado pela yoga da Esfera Azul, atrai forças positivas que ajudam no dia a dia, no aperfeiçoamento pessoal, social e profissional. Gradativamente nosso destino é mudado para melhor pela transformação pessoal, e o que falamos ou desejamos como mérito e direito passa a acontecer, e assim, nossos objetivos são sempre conseguidos. Saúde, emprego, felicidade, equilíbrio, paz, sucesso, amor, entre outros, são objetivos perfeitamente atingíveis, se criarmos um egrégora forte e se nossa mente realmente conduzir o processo com todo o seu potencial.

Tulpa

Tulpa é uma entidade ou objeto que, segundo o budismo tibetano, pode ser criado unicamente pela força de vontade, envolvendo meditação, concentração e visualização intensas. Em outras palavras, a tulpa seria um pensamento tornado tão real pelo praticante que chegaria a assumir uma forma física, material.

(construir “ou” construir “) é um conceito de misticismo de um ser ou objeto que é criado através de pura disciplina sozinho. É um pensamento materializada que tomou forma física e é geralmente considerado como sinônimo de pensamento. [3]

Tulpa é uma disciplina espiritual e ensinamentos conceito no budismo tibetano e Bon. O termo “forma pensamento” é usado logo em 1927 em Evans-Wentz tradução do Livro Tibetano dos Mortos , descrito como “dando palpável ser para uma visualização, em muito da mesma maneira que um arquiteto concretiza em três dimensões para […] seu azul-print “. [4]Budismo Tibetano

John Myrdhin Reynolds em uma nota à sua tradução Inglês da história de vida de Garab Dorje define um tulpa assim:

A Nirmita (sprul-PA) é uma emanação ou uma manifestação. Um Buda ou outro percebeu ser é capaz de projetar muitas Nirmitas tais simultaneamente em uma variedade infinita de formas.

O termo é usado nos trabalhos de Alexandra David-Neel , que afirmaram ter criado um tulpa na imagem de um alegre Frei Tuck -como monge , que mais tarde desenvolveu uma vida própria e teve que ser destruído.

Pensamento

Uma forma de pensamento é o conceito equivalente a uma tulpa mas dentro da tradição oculta ocidental . A compreensão ocidental acredita-se que orignated como uma interpretação do conceito tibetano. [3] O seu conceito está relacionado com a filosofia ocidental ea prática da magia . [6]

Referências

  1. ^ um b Reynolds, John Myrdhin (1996) as letras douradas:. das três declarações de Garab Dorje, o primeiro professor de Dzogchen, juntamente com um comentário da Dza Patrul Rinpoche intitulado “O Ensino Especial do rei sábio e Glorioso”. Com Prefácio de Namkhai Norbu Rinpoche. Nova Iorque, EUA: Snow Lion Publications. ISBN 1-55939-050-6 . p.350
  2. ^ Rinbochay, Lati; Rinbochay, Denma Lochö; Zahler, Leah (tradutor); & Hopkins, Jeffrey (tradutor) (1983, 1997) estados meditativos no Budismo Tibetano..Somerville, Massachusetts, EUA:. Wisdom Publications ISBN 0-86171-119-X . p.188
  3. ^ um b Campbell, Eileen; Brennan, JH; Holt-Underwood, Fran (Fevereiro de 1994) Mind Body & Spirit:. Dicionário de idéias da Nova Era, Pessoas, Lugares e Condições. Tuttle Pub. ISBN 0-8048-3010-X
  4. ^ O livro tibetano da grande libertação, ou, o método de execução nirvana através de conhecer a mente, precedido por um epítome da biografia de Padma-Sambhava e seguido pelos ensinamentos de Guru Phadampa Sangay de acordo com renderings inglês por Sardar Bahadur SW Laden La e pelo Lamas Karma Sumdhon Paulo, Lobzang Mingyur Dorje, e Kazi Dawa-Samdup. Apresentações, anotações e edição por WY Evans-Wentz. Com comentários psicológica por CG Jung . Londres, Nova York, Oxford University Press, 1954.
  5. ^ Reader Digest;. (1990) Mistérios do inexplicável. Readers Digest Association. ISBN 0-89577-146-2 . Page 176 descreve a experiência de Alexandra David-Neel, como lembra em seu livro Magia e Mistério 1929 publicado no Tibete.
  6. ^ Cunningham, David Michael, Criando Entidades: Magickal. Um guia completo para criação de entidade, Egrégora Publishing ISBN 1-932517-44-8

mais:

  • Besant, Annie ; Leadbeater, CW (1901). Formas de Pensamento . Londres: Sociedade Editora Teosófica. ISBN 0-8356-0008-4 .
  • Makransky, Bob (2000). Formas de pensamento. Occidental, Calif:. Caro Brutus Imprensa ISBN 0-9677315-3-4 .
  • Smith, Russell James (2003). Tulpa. Bloomington, IN:. IUniverse ISBN 978-0-595-27490-1
    .

Origem: texto inicial editado da Wikipédia, a enciclopédia livre e outros.

Egrégora

Fonte: http://www.teosofico.com/

Egrégora é uma palavra bastante usada, não raro de forma inadequada. E costuma ser um conceito mal compreendido, o que faz com que sejamos influenciados por egrégoras sem nem mesmo entender direito como – e nesse sentido, desconhecer essa influência, ou simplesmente não acreditar nela, não faz diferença nenhuma. Pular de um prédio sem acreditar na lei da gravidade não vai fazer com que você flutue.
Por ser um assunto mal compreendido, vou começar a falar tocando em um ponto aparentemente desconexo. Sabemos que existem diversos fluxos de energia que percorrem o nosso corpo. Existem centenas de livros falando sobre os chakras (inclusive recomendo um, do Leadbeater, chamado “Os Chakras”, que pode ser lido aqui no site). É importante conhecer ao menos um pouco do funcionamento desses centros energéticos, e dos canais que existem em nosso corpo, para facilitar a manutenção de um equilibrio que permita viver de forma mais harmônica e produtiva.
Mas não são apenas as energias internas que nos influenciam; vivemos imersos em muitos fluxos de forças, em centenas de formas mentais, astrais, espirituais. Recebemos o impacto de energias de praticamente todas as formas de vida das quais nos aproximamos, e tudo isso age em sinergia (ou oposição) com esses fluxos internos para determinar as condições gerais em que nossa vida irá se desenrolar. Portanto, não basta conhecer os fluxos internos. Temos que investigar os fluxos externos, e suas influências sobre nós, para – assim como fazemos com nossa energia individual – utilizá-los em nosso favor.
Pois bem. O que é, então, uma egrégora?
A palavra egrégora vem do grego egregoros, que significa “vigilante”, de egeiro, “observar”. Encontramos referências a esse termo na Bíblia, por exemplo em Daniel 4:13: “Estava vendo isso nas visões da minha cabeça, estando eu na minha cama; e eis que um vigia, um santo, descia do céu”. “Vigia” nessa frase foi uma tradução do termo egregoros. Existem referências em vários grupos religiosos de construtos mentais ou astrais, animados por alguma entidade, criados para proteção ou alguma outra finalidade, e que também recebem o nome de egrégoras.
Neste artigo, chamamos de egrégora uma construção astral, mental ou espiritual sustentada por várias pessoas durante um longo tempo, dando-lhes um caráter de permanência que independe de algum indivíduo em particular. Esse caráter de permanência faz com que algumas egrégoras atravessem milênios, potencialmente se fortalecendo durante todo esse tempo. Egrégoras não são coisas “místicas”. Sem dúvida existe uma egrégora católica, uma judaica, uma da rosacruz, uma da umbanda… Mas também existe a egrégora da Coca-Cola, da Adidas e a da sua faculdade. Vivemos em contato com centenas, talvez milhares de egrégoras.
Uma egrégora é criada quando uma forma astral, mental ou espiritual encontra eco em outras formas semelhantes, e começa a “crescer”. Por exemplo, quando lemos um livro da Blavatsky, criamos formas pensamento relacionadas a ela e aos ensinamentos de seus livros. Outras pessoas, lendo os mesmos livros, vão gerar formas pensamento semelhantes, que vão encontrar eco nas que foram geradas por nós. Esse processo, se repetindo por muito tempo, e alimentado por muitas pessoas, gera uma forma estável, com a qual entramos em sintonia sempre que pensamos na Blavatsky. Que fique claro: não estamos entrando em sintonia com a Blavatsky propriamente dita, mas sim com a egrégora formada por todos os pensamentos referentes à ela. Podemos até mesmo ser inspirados por idéias que compõem essa egrégora e que não foram “imaginadas por nós”.
Egrégoras normalmente não são formadas apenas de materia astral, mental ou de algum plano específico. O mais comum é elas serem compostas de matéria de todos esses planos, despertando assim um misto de pensamentos e sentimentos nos que se vinculam à elas.
E essas “construções coletivas” nos afetam o tempo todo. Quando entramos em um ambiente e nos sentimos desconfortáveis, o que estamos vivenciando muitas vezes é o choque entre as energias expressas pelas egrégoras do local e as nossas energias. Existem maneiras de nos protegermos desses choques, mas isso é outra história. O que importa aqui é que se estamos “imersos” em egrégoras que se harmonizam conosco naquele momento, vamos nos sentir bem, e se ocorrer algum choque, vamos nos sentir mal.
De forma geral, egrégoras podem estar vinculadas a locais físicos. Uma igreja, um terreiro, um estádio de futebol, Stonehenge. Quem nunca escutou um locutor esportivo falando que um time tinha vantagem por estar jogando “em casa”? A egrégora do time, fortalecida pelos seus torcedores, certamente atua mais intensamente em seu próprio campo. É importante termos isso em mente quando estamos buscando uma influência específica. Costuma ser melhor estudar em uma biblioteca do que em um estádio.
Usando conceitos teosóficos, podemos dizer que nossos corpos sutis vibram em uma frequência determinada por nossas emoções, pensamentos, por nossa “tônica espiritual”. E essas vibrações entram em ressonância com vibrações de egrégoras com frequências harmônicas. Através dessa ressonância, a vibração tanto da egrégora quanto do corpo sutil em questão tem sua amplitude aumentada. É por isso, inclusive, que fortalecemos egrégoras quando nos harmonizamos com elas.
É para a busca dessa ressonância que apontam as técnicas de auto ajuda vendidas em livros como “O Segredo”. Nos harmonizando com uma egrégora específica, torna-se mais fácil realizar o propósito que ela representa. O problema desses livros é que eles fazem a pessoa acreditar que seguindo a receita de bolo apresentada toda a vida vai mudar. Não é bem assim que funciona… A energia dessas egrégoras ajuda, mas não vai materializar um Porsche na sua frente porque você quer, e muito, um carro esporte.
Existe uma consequência importante dessa ressonância. Suponha que estamos cultivando sentimentos ruins. Certamente, cedo ou tarde, esses sentimentos encontrarão reflexo em alguma egrégora. Por ressonância, iremos ver esses sentimentos intensificados, ao mesmo tempo em que fortalecemos a egrégora. E por estarmos vibrando em uma frequência semelhante, iremos nos manter magneticamente próximos dessa egrégora! Isso faz com que entremos em um circulo vicioso, em que alimentamos egrégoras negativas, que por sua vez nos instigam a ser mais negativos. Desconhecer essa mecânica tende a nos tornar escravos dela. Egrégoras não tem “vida própria” (é possível uma entidade animar uma forma pensamento, ou se vincular a uma egrégora, mas isso é outro assunto), mas agem como se buscassem se fortalecer, se preservar, pois são atraídas para pessoas com padrões vibratórios semelhantes, sendo “alimentadas” por essas pessoas.
E salvo obra do acaso, a única forma de quebrarmos esses ciclos – ou fortalecê-los quando positivos – é tendo conhecimento deles, de como funcionam, e usar esse conhecimento a nosso favor.
Figurativamente, nos comportamos como um aparelho de TV, sintonizando canais diferentes de acordo com o que queremos assistir. Se queremos ver um filme, não vamos ficar sintonizados em um canal de notícias. Da mesma forma, se quisermos assistir a um jogo, vamos procurar um canal de esportes.
Poderíamos chamar o conjunto de canais disponíveis em uma comunidade, uma nação, na humanidade como um todo de “inconsciente coletivo”. Esse “inconsciente coletivo” é uma fonte praticamente infinita de conhecimento e inspiração – basta sintonizar no canal referente ao assunto desejado. Mas é também a raiz de um dos maiores males da nossa sociedade: as pessoas comuns vivem tão dispersas, mudando seus focos de atenção entre tantas dessas influências tão rapidamente, que praticamente todo o seu tempo é dissipado, gasto de forma improdutiva. Resolvemos problemas de trabalho pensando no que temos que fazer em casa. Estudamos lembrando do passeio feito nas férias. Conversamos com a esposa enquanto listamos mentalmente o que deixamos de fazer no trabalho porque estávamos pensando nos problemas de casa. E esse ciclo nunca acaba, ficamos sintonizando a cada 30 segundos novos canais que não tem nada a ver com a atividade a que deveríamos dar atenção.
O Zen Budismo nos diz que devemos sempre focar nossa atenção no momento presente. Algo como “estar presente no presente”. Se você está escovando os dentes, preste atenção no movimento da escova, na sensação do contato dela com a gengiva, no som produzido. Se estiver comendo, sinta o gosto da comida, seus aromas, sua temperatura, perceba o ritmo em que está mastigando, o momento em que engole o alimento. Se está conversando com alguém, foque toda sua atenção nessa pessoa, escute o que ela diz, preste atenção no que responde. Ao trabalhar, dedique-se ao trabalho. Ao estudar, estude. Ao se divertir, apenas se divirta, sem pensar no trabalho ou no estudo.
Fazendo isso, estamos “sintonizando” as egrégoras adequadas às atividades do momento, e cria-se uma relação harmônica, de sinergia entre os fluxos internos e externos, potencializando o que estamos fazendo.
Notem que não é aconselhável se opor a uma egrégora, como forma de afastá-la. Oposição implica em focarmos nossa atenção em uma egrégora, e portanto nos harmonizarmos com ela, o que só a fortalece. Quanto mais esforço dedicarmos a nos opor à egrégora, mais intensa tornamos nossa ligação. O ideal a ser feito é simplesmente não se conectar. Direcione sua atenção à outras egrégoras, positivas. É simples assim, embora não seja necessariamente um processo rápido. O importante é persistir, e usar nossa vontade de forma consciente, direcionada.
Os japoneses possuem diversos rituais cotidianos que naturalmente os fazem se concentrar no momento presente. Dobrar um kimono é um ritual, beber chá é um ritual… Mas mesmo nossa cultura possui alguns rituais simples e eficazes. Por exemplo, é comum em muitas famílias fazer um pequeno agradecimento pela comida, antes de se servir. Só isso já basta para trazer a atenção de todos àquele momento, e torná-los receptivos a energias mais tranquilas. Se o almoço for aproveitado para conversas produtivas, ou mesmo para fortalecer os vinculos familiares, essa energia estará sendo bem utilizada. Infelizmente é mais comum as pessoas ligarem uma tv e comer vendo um seriado policial qualquer.
Para encerrar, o conceito mais importante que temos que guardar em relação à egrégoras é que a nossa vontade, expressa através dos nossos pensamentos, determina as energias externas com as quais nos harmonizamos. A VONTADE é, portanto, a nossa principal ferramenta na construção da vida cotidiana. Usando a vontade de forma consistente, direcionada, mergulhamos no potencial construído por centenas, milhares de pessoas. Em alguns casos, esse potencial é cultivado por toda a humanidade. É uma força praticamente sem limites… E está disponível à todos. Nesse sentido, é completamente verdadeiro dizer que tudo que pedirmos nos será dado. Para onde direcionarmos nossa vontade, ali estaremos.
Mas como é difícil manter nossa vontade onde precisamos! Saber “viver no presente” e manter nosso foco por tempo suficiente para que concretizemos nossas metas sem dúvida é um dos maiores desafios que todos enfrentamos.

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