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Ondas Cerebrais e Meditação


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Ondas Cerebrais

Fonte: http://www.up.edu.br/

Aqui são apresentadas e revisadas algumas pesquisas neurocientificas dos último 50 anos, voltadas ao estudo e a manipulação das ondas cerebrais através de estímulos externos.

As ondas cerebrais vêm sendo estudadas desde 1930, quando Hans Berger inventou o EEG com o objetivo de monitorar a variação elétrica na superfície do crânio humano (Waechter, 2002). Essa invenção permitiu que uma nova linha de pesquisa surgisse, a analise das ondas cerebrais, chamada de neurofeedback.

As pesquisas em neurofeedback com o auxilio do EEG nomearam as freqüências básicas de funcionamento do cérebro: gamma (30-70Hz), beta (13-30Hz), alpha (8-13Hz), theta (4-8Hz) e delta (1-4Hz) (Rechtschaffen, 1968). Cada uma dessas ondas foi correlacionada com estados da consciência humana, como REM, acordado, relaxado, dormindo, entre outros (Siever, 2004). As oscilações observadas com o uso dos EEG refletem a atividade do córtex, que é uma das partes mais desenvolvidas do cérebro por ser rico em neurônios. Diz-se que sem o córtex não existiriam a razão, emoções e até a memória. Por isso o córtex é responsável por todo o desenvolvimento criativo do cérebro e é como se fosse o processador, se comparado com um computador. A amplitude dessas atividades corticais é observada em intervalos que são por sua vez relacionados com estados de consciência, sendo a amplitude destes diretamente proporcionais ao número de neurônios em atividade no córtex.

Para estruturar a teoria do presente trabalho, faze-se necessário saber o que são cada uma das ondas cerebrais.

Ondas Gamma

A onda cerebral conhecida como gamma, definida por freqüências entre 30Hz e 70Hz, é a de maior onda de freqüência. Essa onda é correlacionada ao processamento de estímulos visuais, táteis e auditivos (Keil, 2001), sendo influenciada principalmente pela reação visual. Um desses estudos referencia o uso de luzes piscantes para a indução deste tipo de onda. As ondas gamma estão presentes o tempo todo na mente humana, mesmo quando estamos dormindo. A única ocasião em que não existem ondas gamma é em transe por anestesia. Esse intervalo de freqüências tem relação com a velocidade com que podemos nos lembrar de momentos, geralmente lembranças visuais. Quanto maior a freqüência gamma, mais rápido é possível lembrar-se de algo que foi esquecido e mais informações podem ser guardadas na memória de curto prazo. 21

As ondas gammas também tem sido objeto de estudos recentes, com relação a seus efeitos na meditação. Um desses estudos demonstrou que a sensação de amor e gentileza, atingida pelos praticantes de meditação Budista, não passa de um auto-indução de ondas gammas de alta amplitude com perfeita sincronização entre elas. Este estado alcançado pela meditação é expressado como um estado de amor profundo por todos os seres (Lutz, 2004). Na figura 4.1 podesse observar o formato da uma onda gamma.

Ondas Beta

Este estado de consciência, que varia entre as frequências de 13Hz à 30Hz, é conhecido como estado de vigília. Estas frequências, porém, não se apresentam sozinhas, elas geralmente coexistem com outras frequências, principalmente com as ondas gamma. Geralmente o estado beta é associado a emoções fortes como medo, raiva, ansiedade, alerta, atenção seletiva, concentração e antecipação. Outros estudos mostram que estas ondas estão presentes em grande quantidade quando é necessário desenvolver soluções matemáticas para problemas (Lindsley, 1952). Este tipo de onda raramente se apresenta durante a meditação, porém ocorre geralmente em pessoas muito experientes e durante estados de êxtase. Na figura 4.2 podesse observar o formato da uma onda beta. Figura 4.1: Eletroencefalografo de uma onda Gamma (Adaptado de Keil, 2001)

Ondas Alpha

Alpha é o estado de consciência mais afetado pela publicidade realizada durante as últimas décadas. Esta onda é definida pelas frequências entre 8 e 13 Hz e ocorre durante a atenção plena e a meditação. Durante este estado, a atividade cortical ocorre em áreas do cérebro que não estão focadas em um estímulo sensorial, ou seja, caso um estímulo visual esteja presente as regiões referentes aos estímulos táteis e sonoros vão sofrer um aumento da atividade alpha. Outro casos de aumento do nível alpha é enquanto ocorre a busca de informações no cérebro, como quando uma pessoa tenta memorizar uma lista de palavras (Ward, 2003). O estado de consciência alpha é geralmente associado a processos imaginativos (Cooper, 2003), estar , a qual ficaria livre de associações, sendo geralmente em momento no qual o indivíduo está relacionado com o fechamento dos olhos (Worden, 2004).

Com certeza as ondas alphas foram as mais estudas, sempre sendo associadas a saúde mental de um indivíduo. Um desses estudos foi realizado com praticantes de Hatha Yoga, um tipo de yoga que alcança as ondas alpha através da concentração em uma única posição corporal por muito tempo. Este método de yoga é um dos tantos que consegue eliminar completamente os estímulos externos, deixando o individuo “internalizado” eliminando assim a poluição mental (Prem, 1958). Na figura 4.3 podesse observar o formato da uma onda alpha. Figura 4.3: Eletroencefalografo de uma onda Alpha (Adaptado de Keil, 2001) Figura 4.2: Eletroencefalografo de uma onda Beta (Adaptado de Keil, 2001)

Ondas Theta

As ondas theta referem-se a um estado de baixa consciência. Essas ondas estão entre 4 e 8Hz e sua ocorrência está associada a estados hipnóticos, emoções, durante os sonhos e no sono REM. Estudos mostram que essas ondas estão relacionadas com a memória de curto-prazo. Estes mostram que tais ondas ficam presentes quando o individuo está guardando informações, mantendo a “atualização” do cérebro constante (Lisman e Idiart, 1995).

Esta hipótese diz que as memórias de um indivíduo são atualizadas pelas ondas theta, porém são “armazenadas” curtamente pelas ondas gamma. É sugerido que um adulto normal consegue guardar por volta de 7 informações na memória de curto prazo, isso porque a cada ciclo gamma (40Hz), cabem aproximadamente 7 ciclos Theta (6Hz) (Miller, 1956). Portanto, durante este estado o desenvolvimento da memória é aumentado e há melhora da memória de longo prazo. Este estado é muito difícil de ser estudado, pois não é possível ter um controle por longo tempo dele sem que as pessoas adormeçam (Siever, 1999). Na figura 4.4 podesse observar o formato da uma onda tetha.

Ondas Delta

Este ritmo é encontrando durante o sono profundo sendo as ondas mais lentas com freqüências entre 1 e 4 Hz. Quando maior a porcentagem de ondas delta no cérebro, mais profundo é o sono. Em estados meditativos praticamente não há ondas delta, apenas em praticantes extremamente experientes, principalmente por ser incrivelmente difícil manter-se consciente estando em delta (Siever, 1999). Na figura 4.5 podesse observar o formato da uma onda delta. Figura 4.4: Eletroencefalografo de uma onda Theta (Adaptado de Keil, 2001)

Ondas Talfa

Este é um novo grupo de ondas alpha e que foi reconhecido apenas nos últimos anos. Este estado é conhecido como Mu ou Talfa estando associado a uma mente saudável quando induzido por vontade própria. Alguns estudos mostram que a atividade Talfa pode ajudar com o stress, raiva e ressentimento por traumas no passado (Siever, 2004). Quando este estado não é induzido propositadamente, é sinal de uma saúde mental pobre. A produção em longo prazo, descontrolada, não intencionalmente de Talfa é encontrada freqüentemente em pessoas que sofrem de desordens de ondas cerebrais lentas, como deficit de atenção, síndrome pré-menstrual, desordem afetiva sazonal, fibromialgia, depressão e síndrome de fadiga crônica (Siever, 1999). Foi observado que as ondas Talfas se apresentam em maior quantidade conforme os indivíduos vão atingindo a maturidade, enquanto a quantidade de ondas theta e delta diminuem. Resumidamente isto significa que conforme ocorre o envelhecimento, a capacidade de focar em coisas em particular aumentam e a distração diminui. Na figura 4.6 podesse observar o formato da uma onda talfa. Figura 4.5: Eletroencefalografo de uma onda Delta (Adaptado de Keil, 2001) Figura 4.6: Eletroencefalografo de uma onda Mu/Talfa (Adaptado de Keil, 2001)

Ondas cerebrais e meditação

Os cientistas usam uma tampa especial para medir as ondas cerebrais durante a meditação. Crédito: imagem cortesia da NTNU

Fonte: https://www.sciencedaily.com/ – A Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU)

Todos sabemos que a meditação ajuda a relaxar as pessoas, mas o que exatamente acontece no cérebro durante a meditação? Um novo estudo sugere que a meditação não-diretiva produz mudanças mais acentuadas na atividade elétrica das ondas cerebrais associadas à atenção acordada e relaxada do que simplesmente descansar sem qualquer técnica mental específica.

A pesquisa de meditação explora o funcionamento do cérebro quando abstemos de concentração, ruminação e pensamento intencional. As ondas cerebrais elétricas sugerem que a atividade mental durante a meditação é acordada e relaxada.

“Dada a popularidade e eficácia da meditação como forma de aliviar o estresse e manter a boa saúde, existe uma necessidade urgente de uma investigação rigorosa de como isso afeta a função cerebral”, diz o professor Jim Lagopoulos, da Universidade de Sydney, na Austrália. Lagopoulos é o principal investigador de um estudo conjunto entre sua universidade e pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU) sobre mudanças na atividade elétrica do cérebro durante a meditação não-diretiva.

Ondas cerebrais constantes

Se somos mentalmente ativos, descansando ou adormecidos, o cérebro sempre possui algum nível de atividade elétrica. O estudo monitorou a freqüência e a localização das ondas cerebrais elétricas através do uso de EEG (eletroencefalografia). Os eletrodos EEG foram colocados em locais padrão do couro cabeludo usando um chapéu customizado

Os participantes foram profissionais experientes da Meditação de Acem, um método não diretivo desenvolvido na Noruega. Eles foram convidados a descansar, os olhos fechados, por 20 minutos, e a meditar por mais 20 minutos, em ordem aleatória. A abundância e a localização das ondas cerebrais elétricas lentas a rápidas (delta, theta, alfa, beta) fornecem uma boa indicação da atividade cerebral.

Atenção relaxada com theta

Durante a meditação, as ondas de theta foram mais abundantes nas partes frontal e média do cérebro.

“Esses tipos de ondas provavelmente se originam de uma atenção relaxada que monitora nossas experiências internas. Aqui está uma diferença significativa entre meditação e relaxamento sem qualquer técnica específica”, enfatiza Lagopoulos.

“Estudos anteriores mostraram que as ondas de theta indicam relaxamento profundo e ocorrem mais freqüentemente em praticantes de meditação altamente experientes. A fonte é provavelmente partes frontais do cérebro, que estão associadas ao monitoramento de outros processos mentais”.

“Quando medimos a calma mental, essas regiões indicam a parte inferior do cérebro, induzindo a resposta de relaxamento físico que ocorre durante a meditação”.

Experiências silenciosas com alfa

As ondas alfa foram mais abundantes nas partes posteriores do cérebro durante a meditação do que durante o relaxamento simples. Eles são característicos do repouso acordado.

“Este tipo de onda tem sido usado como um sinal universal de relaxamento durante a meditação e outros tipos de descanso”, comenta o professor Øyvind Ellingsen da NTNU. “A quantidade de ondas alfa aumenta quando o cérebro se relaxa de tarefas intencionais e orientadas para objetivos. Este é um sinal de relaxamento profundo, – mas isso não significa que a mente esteja vazia”.

Estudos de neuroimagem de Malia F. Mason e colegas de trabalho no Dartmouth College NH sugerem que o estado de repouso normal do cérebro é uma corrente silenciosa de pensamentos, imagens e memórias que não é induzida por entrada sensorial ou raciocínio intencional, mas emerge espontaneamente “de dentro.”

“O desvio espontâneo da mente é algo com o qual você se torna mais consciente e familiarizado quando medita”, continua Ellingsen, que é um profissional experiente. “Esta atividade padrão do cérebro é muitas vezes subestimada. Provavelmente representa um tipo de processamento mental que conecta várias experiências e resíduos emocionais, coloca-os em perspectiva e os deixa descansar”.

Diferente do sono

As ondas Delta são características do sono. Havia pouco delta durante as tarefas relaxantes e meditativas, confirmando que a meditação não-diretiva é diferente do sono.

As ondas beta ocorrem quando o cérebro está trabalhando em tarefas orientadas para objetivos, como planejar uma data ou refletir ativamente sobre uma questão específica. EEG mostrou poucas ondas beta durante a meditação e o descanso.

“Essas descobertas indicam que você se afasta da resolução de problemas ao relaxar e durante a meditação”, diz Ellingsen.

Não diretivo versus concentração

Vários estudos indicam melhor relaxamento e gerenciamento do estresse por técnicas de meditação, onde você se abstém de tentar controlar o conteúdo da mente.

“Esses métodos são muitas vezes descritos como não diretivos, porque os profissionais não procuram ativamente uma determinada experiência ou estado de espírito. Eles cultivam a capacidade de tolerar a erradicação espontânea da mente sem se envolver demais. Em vez de se concentrar em afastar-se do pensamento estressante e emoções, você simplesmente deixa-os passar de uma maneira fácil “.

Leve a mensagem de casa

A meditação não diretiva produz mudanças mais acentuadas na atividade elétrica das ondas cerebrais associadas à atenção acordada e relaxada, do que simplesmente descansar sem qualquer técnica mental específica.

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